A Delegada-Geral Adjunta da Polícia Civil, Rôzeman Geise Rodrigues de Paula participou nesta quarta-feira, 15/02, de uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, com a presença de representante dos poderes legislativo, executivo e judiciário, além da sociedade civil organizada. A ação foi motivada após a morte da menina Sophia, no dia 26 de janeiro deste ano.
O objetivo do evento foi discutir a rede de proteção às crianças e adolescentes e neste sentido, em seu discurso, a Delegada-Geral Adjunta reforçou a importância de que toda a rede esteja articulada e sensível, lembrando que a sociedade e a família também fazem parte desta rede de apoio e proteção.
“A Polícia Civil nunca tratará o caso da menina Sophia simplesmente como mais um. Por isso, todas as medidas para reprimir este tipo de crime empregadas com rigor. Ressaltamos que além da capital, todas as sedes de regionais do Estado de Mato Grosso do Sul possuem unidades que realizam o atendimento especializado à criança e adolescente e já foram capacitados mais de 160 policiais civis, para que possam colher depoimentos especiais, sem deixar de mencionar as mais de 20 “salas lilases”, que foram implementadas no interior onde não há unidade especializada”, comentou.
Em relação ao caso “Sophia”, Rôzeman contou que todas as vezes em que a Polícia Civil foi procurada, adotou prontamente toda as medidas e ofertou toda estrutura disponível, inclusive a escuta especial. “Porém sempre há algo a melhorar e portanto é necessário medidas para que este atendimento seja ainda melhor de modo a coibir e evitar que outros crimes aconteçam”, frisou.
E por isso, a Delegada-Geral Adjunta salientou que paralelo a audiência na Câmara, um outro grupo formado pela Polícia Civil, Secretaria de Justiça e Segurança Pública, Governo do Estado e Poder Executivo Municipal estavam reunidos na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (1ª DEAM), para viabilizar o atendimento especializado e em regime ininterrupto de crianças e adolescentes vítimas na capital, até que seja implantando um Centro de Atendimento Especializado e Integrado destinado a esta finalidade e que está sendo objeto de um grupo de estudos coordenados pela Policia Civil de MS.
“Há muitas Sophias e muitos casos que sequer são conhecidos pela rede de atendimento e esta é uma grande oportunidade para discutirmos estratégias e encontrarmos soluções para que outras crianças e adolescentes não tenham o mesmo fim trágico que teve a menina Sophia”. finalizou.