CAMPO GRANDE (MS): A Polícia Civil, através da 4ª Delegacia de Polícia, elucidou o homicídio ocorrido na madrugada do dia 03/09/2017, na Rua Ernesto Antônio, Loteamento Cristo Redentor, em Campo Grande, onde ADRIANO MARTINS MOREIRA PRIMO, 28 anos, veio a óbito, após ser atingido por disparo de arma de fogo na altura do mamilo direito, sendo encontrado caído na cozinha do imóvel.
Conforme a mãe da vítima, Adriano era usuário de drogas e sempre se mostrava agressivo e naquela noite ele estava muito nervoso e havia encurralado a mãe no quarto, a fim de que ela lhe desse dinheiro para aquisição de drogas. Ela conseguiu se desvencilhar e se trancar no banheiro, onde ficou por algum tempo.
Em determinado momento quando ela decidiu sair do banheiro ADRIANO passou a lhe arremessar copos, exigindo a entrega de mais dinheiro (ela já havia disponibilizado valor naquela data), onde ela, temendo por sua integridade física, saiu correndo para fora do imóvel, porém, seu convivente – ANDERSON FERNANDES VIERA, de 43 anos, permaneceu no local.
Enquanto ela se deslocava a pé na direção da residência de seu irmão seu convivente alcançou-a de bicicleta e disse que fizera uma desgraça, indo embora no sentido oposto, para lugar ignorado. Ela retornou para o imóvel junto com seu irmão e lá encontraram ADRIANO lesionado. Foi chamado socorro médico, mas a vítima veio a óbito no local, não sendo encontrada a arma de fogo, munição, projétil ou estojo.
O autor, em face de diligências promovidas pelo Setor de Investigações Gerais da 4ª DP, se apresentou à autoridade policial com advogado, assumindo a autoria e apresentando a arma de fogo que alega ter sido utilizada na ação, afirmando que ela pertencia a ADRIANO, com quem entrou em luta corporal logo após a fuga de sua convivente, momento que ele teria dito que iria atrás dela para matá-la.
Ao tentar desarmar Adriano, segundo o autor, a arma teria disparado e atingido o rapaz. Várias testemunhas, entre parentes e vizinhos já foram inquiridas, sendo unânimes em afirmar que Adriano era extremamente agressivo com a mãe, a quem extorquia diariamente exigindo o repasse de valores, desde os 13 anos de idade, quando passou a usar entorpecentes. Não obtendo dinheiro, ele subtraía objetos da residência, trocando-os por drogas.
Anderson foi indiciado pelo crime de crime de homicídio doloso, com pena prevista de seis a vinte anos de reclusão, ficando a cargo da Justiça definir se sua ação pode ser enquadrada juridicamente como legítima defesa.