CAMPO GRANDE (MS): A Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia de Polícia da Capital, esclareceu as circunstâncias acerca do homicídio de WESLEY JULIÃO BARBOSA DE ALMEIDA (18), o Mascote, ocorrido no dia 14 de janeiro deste ano, em uma residência localizada na Rua Joana Maria de Souza, no Jardim Itamaracá.
Na ocasião, o jovem estava em frente à casa da mãe, quando uma camionete se aproximou e um dos ocupantes começou a atirar. Segundo testemunhas, dentro do carro havia um casal, e a mulher era quem incentivava o homem a continuar atirando contra a vítima.
Conforme a investigação conduzida pela delegada titular da 4ª DP – dra. Célia Maria Bezerra da Silva, Wesley veio a falecer após ser perseguido por E.S.S. (30). Momentos antes E.S.S. ocupava o veículo GM S-10 de cor prata, pertencente a S.P.Q., conduzido pela filha desse. M.P.Q. (30), esposa de E.S.S.
Ao avistarem a vítima, que estava acompanhada de sua esposa e o filho de 2 anos, E.S.S desceu do veículo e passou a efetuar disparos na direção de Wesley, que saiu correndo pela via, terminando por adentrar na residência da Rua Joana Maria de Souza, onde veio a óbito.
A esposa e o filho da vítima seguiram em outra direção, enquanto o casal evadiu-se do local.
Com a verificação de câmeras de segurança, a polícia conseguiu identificar as placas do veículo, localizaram o endereço do pai de M.P.Q, que foi preso em flagrante, já que no interior da camionete fora encontrada uma carabina calibre .22 sem documentação pertinente e na posse de S.P.Q um celular originário de roubo.
Tanto a esposa quanto a mãe da vítima, arroladas como testemunhas, se negaram a prestar depoimento, alegando temerem represálias.
Nesta segunda-feira (23), os autores E.S.S. e M.P.Q. se apresentaram na 4ª DP, onde alegaram que Wesley já fora preso portando uma pistola em dezembro/2016, em frente à Casa do Albergado-EPRACA, onde E.S.S. cumpria pena e que lá estava à espera daquele para matá-lo.
Após ser liberado Wesley continuou rondando o EPRACA, situação essa vista por vários funcionários e reeducandos e por isso E.S.S. passou a adotar uma série de cuidados, mas no dia dos fatos, após sair do estabelecimento prisional, quando saía da casa de uma parente no jardim Itamaracá, se deparou com WESLEY e, segundo E.S.S. e sua esposa M., a vítima fez gesto de levar a mão à cintura e por isso E.S.S. apanhou um revólver calibre .38, do sogro, que é policial civil aposentado, arma que estava sob o banco do passageiro por ele ocupado, onde saiu da camionete e efetuou disparos contra a vítima, que tentou se evadir do local.
Foi dado cumprimento aos mandados de prisão preventiva expedidos em desfavor de E. e de M., que após interrogados e submetidos a exame de corpo de delito foram encaminhados às unidades prisionais designadas pela AGEPEN.
Eles foram indiciados pelo crime de homicídio doloso, com pena de reclusão de 6 a 20 anos.